Autor: Prof. Oder Sá
Direção: Prof. Oder
Sá
Resumo
da Peça
Trata-se
da estória de um prefeito que assinou um decreto municipal que determina a paz
nas escolas públicas da cidade. A repercussão da proposta tomou tamanhas
proporções e contou com a participação de uma moradora da comunidade escolar e
a participação inesperada do prefeito para justificar a iniciativa da proposta.
Personagens
Jornalista: Astronaldo Antagues
Repórter: Lorde Borogodó
Moradora da comunidade escolar:
Maguinalda das Dores de Parto.
Jornalista:
-O
prefeito municipal, o Sr. Estrambolildo Melancólico Almeira assinou, nessa
manhã, um decreto que determina a paz nas Escolas Públicas Municipais da
cidade. Esse decreto foi assinado após um momento de muita cobrança das
comunidades escolares, que há muito tempo estavam esperando por uma medida que
acabasse com os atos estranhos à comunidade escolar.
-Vamos
agora, conversar com o repórter Lorde Borogodó, que se encontra em uma das
zonas da cidade e irá entrevistar um dos moradores da comunidade.
-Boa
noite Lorde Borogodó!
Lorde
Borogodó: - Boa Noite! Astrô Antagues.
Jornalista: -
Quem é a pessoa que está aí com você?
Lorde
Borogodó: - Quem está comigo agora é a dona Maguinalda das Dores de
Parto, ela é moradora aqui na rua, ao lado da Escola Municipal.
Jornalista: -
Boa noite! D. Maguinalda.
D.
Maguinalda: - Boa noite! Astrô. É um prazer enorme falar
com você.
Jornalista: -
Obrigado. Mas, dona Maguinalda o que a sra acha desse decreto de paz nas
escolas públicas municipais, assinado hoje pelo prefeito?
D.
Maguinalda: - Em minha opinião, o prefeito está certo. Já
estava na hora de acabar com tanta violência nas nossas escolas. Por exemplo,
outro dia, aqui na escola da nossa comunidade houve uma confusão sem tamanho...
um rapaz entrou na escola, dizendo que foi traído pela mulher dele e queria
acertar as contas com o “Ricardão” ali, no meio de todos os professores e
alunos... –Meu deus! Foi um desastre total, mas aí, chegou a polícia e tirou o
rapaz de dentro da escola, a base de pancadas, ele levou tantas pancadas que
saiu da escola e foi direto pro hospício.
Jornalista: -
Que absurdo! Aonde é que nós vamos parar? A escola é o local menos indicado
para resolver brigas de casais. Se levou chifre... ou perdoa ou manda embora.
Só não pode é criar caso dentro da escola. Não é verdade? Dona Maguinalda?
D.
Maguinalda: - É verdade sim, Astrô. Teve outra história dessas,
foi quando uma moça queria brigar na quadra da escola, porque perdeu o namorado
dela. Depois que a colega dela a driblou, em uma partida de futebol, ela saiu
correndo atrás dessa outra colega e disse que não iria ficar assim não, daí,
foi quando ia passando um padre e disse: “-Ama o teu próximo como a ti mesmo”.
Depois disso, ela começou a chorar,... e chorar... e chorar, aos soluços. Porque
se lembrava da besteira que ela estava prestes a cometer.
Jornalista: -
Olha, violência só gera violência. Se todas as vezes que você for driblado na
vida e, quiser resolver com violência, não vai restar um vivo sequer na cidade.
-
Atenção! Recebi um comunicado da minha produção que o prefeito da cidade está
na linha e quer conversar conosco, ao vivo. – Alô! Sr. Prefeito??? Boa noite!
Prefeito: -
Alô! Boa noite Astrô e, Boa noite a todos os moradores da minha querida cidade.
Jornalista: -
Em primeiro lugar, gostaríamos de saber por que o senhor tomou essa iniciativa
maravilhosa de sancionar o decreto que promove a paz nas escolas públicas
municipais?
Prefeito: -
Acontece que a nossa cidade cresceu bastante, por esse motivo, o número de
escolas públicas municipais aumentaram e a quantidade de crianças, jovens e
adultos que estão estudando, também aumentou de uma maneira considerável e, nós
não poderíamos deixar a violência continuar imperando, do jeito que está. Por
essa razão, recentemente, tivemos uma reunião com o secretário municipal de
educação, onde conversamos sobre essa pauta, para que nós chegássemos a um
consenso de quais as reais medidas de urgência para implementarmos na educação
da nossa gente. Dentre todos os problemas que foram abordados naquela reunião,
o problema que mais nos preocupou, foi a necessidade da promoção da paz nas
escolas públicas da cidade. Porque, se tivermos paz na escola pública, também
teremos melhor qualidade de vida, o aprendizado alcançará nossos alunos de
forma mais eficaz e teremos a diminuição da criminalidade.
Jornalista: -
Mas, o senhor não acha que os poderes públicos demoraram muito tempo para
chegarem a essa conclusão?
Prefeito:
-
Não fomos nós que demoramos a chegarmos a essa conclusão. É que esses problemas
demoraram muito tempo para crescerem e tornarem-se prioridades para nós.
Jornalista: - O
senhor acha que a população vai colaborar com essa nova postura do poder
público municipal?
Prefeito: -
Mas, é claro companheiro!
Jornalista: - O
que lhe faz acreditar que haverá a colaboração da população?
Prefeito: - Por
duas razões simples. Primeiro que todos nós temos que cultivar a cultura da
paz, a segunda questão é que se ninguém quiser cultivar a cultura da paz...
Então, morra!!!!!!!!!!!!
Jornalista: -
ok! Então, agradecemos a participação do senhor prefeito, o nosso espontâneo e
ilustre entrevistado, a participação da moradora da comunidade escolar e a
participação do repórter mais competente do país, Lorde Borogodó. Essa foi mais
uma edição do nosso telejornal, fiquem com Deus! Até o próximo programa.